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Mais de 120 sindicalistas, incluindo nove do setor gráfico, participaram da 6ª Oficina  da Rede de Mulheres da UNI/Brasil, que teve como temática principal Gênero numa Perspectiva Global, realizada na cidade de Praia Grande na última semana. A UNI Global é uma entidade intersindical em todo planeta. O órgão está presente no Brasil, inclusive está organizado ainda através da Rede de Mulher, ala que debate a questão de gênero. E esta questão foi tratada por meio de palestras realizadas nos dois dias da oficina da Rede. Entre os temas, destacaram-se o Trabalho Decente, Violência Doméstica, Tráfego de Pessoas e Migração e a Inclusão de Direitos aos Trabalhadores LGBT na Convenção Coletiva de Trabalho de cada categoria profissional envolvida no encontro. A Confederação dos Trabalhadores na Indústria Gráfica do Brasil (CONATIG) apoiou o evento e parabeniza a Rede pela iniciativa e também a participação das integrantes da Secretaria de Mulher da CONATIG e do secretário geral.

6 oficina 3A CONATIG participou em peso da atividade. Nove dos 128 participantes, sendo a maioria de mulheres, eram do setor gráfico brasileiro. Estiveram presentes Elisangela Oliveira (Sindicato dos Gráficos -STIG- São Paulo), Leandra da Silva ( STIG São Leopoldo/RS) Lidiane Araújo (STIG PE), Marly de Assis (Federação dos Gráficos do Estado do Rio de Janeiro). Nivaldina Almeida (CONATIG), Susana Arrua (STIG Curitiba) Sueli Reis (STIG Santos), Vera Regina (STIG Bauru) e Jorge Fermino, presidente do STIG de Santos e o secretário geral da Confederação dos Gráficos.

O evento foi positivo como um todo, sobretudo por abordar temas atuais e de grande valia para a evolução do movimento sindical em relação à questão de gênero, a exemplo de duas palestras realizadas no 1ª dia da oficina. A primeira foi a inclusão nas Convenções Coletivas de Trabalho de cláusulas que protejam o público GLBT(Compreendendo Gênero na Esfera Global), proferida pelo cientista do Trabalho Ubirajara Caputo. A outra foi sobre a Violência Doméstica e os desdobramentos da Lei Maria da Penha, ministrada pela vereadora de Goiana/GO, Cristina Lopez Afonso.

Caputo abordou a necessidade de estender as garantias das cláusulas sociais das convenções para os trabalhadores LGBT, como para casos de adoção de filhos por casais homoafetivos, entre homem ou mulher. Além disso e de outras garantias, é preciso criar políticas de inclusão no mercado de trabalho e garantias para o trabalhador LGBT depois que a empresa toma conhecimento. Infelizmente, ainda é comum as empresas demitirem o profissional quando tomam conhecimento da sua opção.

6 oficina 1Já a vereadora Cristiana falou da violência doméstica, inclusive da que sofreu quando tinha 19 anos. Seu noivo jogou álcool nela e ateou fogo, queimando 80% do seu corpo. Ela destacou a importância da denúncia em toda e qualquer situação ocorrida, inclusive lembrou que o agressor, às vezes, já praticou algum tipo de violência antes com outra mulher. E aproveitou para frisar a importância da Lei Maria da Penha e da luta até a questão virar a referida lei contra a violência à mulher. “Diante de várias tentativas sem êxito, Maria da Penha recorreu primeiramente ao CEJIL – Brasil ( Centro para a Justiça e o Direito Internacional) e o CLADEM – Brasil (Comitê Latino Americano do Caribe para a Defesa dos Direitos da Mulher). Juntos, em 1998, estes órgãos encaminharam um requerimento à Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). Somente assim virou Lei. 

A palestra sobre trabalho decente com enfoque nas atuais mudanças na precarização e privatização foi um dos destaques no 2º dia da oficina. O tema foi ministrado por Ellen Fernandes, integrante do Observatório de Trabalho Decente do IPROS. Ela destacou inclusive que a mulher negra ganha menos que as brancas e a mulher no geral ganha menos que homens, isso mesmo em países ricos. Exemplificou que os países que mais discriminam mão de obra feminina é o Japão, Alemanha e o Brasil, país este onde 57% das empresas não têm mulher na liderança delas, enquanto a média global é 35%. “Outro ponto de destaque negativo é que 61% das empresas brasileiras até aceitaram políticas de cotas para ocupação de cargos de lideranças, mas poucas praticam de fato”, disse.

O tráfico de pessoas e migração foi a 2ª palestra no último dia. O tema foi ministrado pela Dra. Claudia Luna, da ONG Elas por Elas. A palestrante frisou que o trabalho de imigrantes tem sido explorado pelas empresas. Estão contratados sobretudo para o serviço de limpeza e de cozinha e outras funções que não têm contato com o público. Ela lembrou o caso dos haitianos com visto de refugio no Brasil. A maioria deles continua na informalidade. Luna aproveitou para pontuar que o tráfico de mulheres, que são levadas com promessas de emprego e bom salário, mas, na verdade, trata-se de prostituição. O tráfico de pessoas atualmente está em 2º lugar em rentabilidade para o crime organizado.

Fonte: CONATIG

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